O câncer de pele é uma doença que atinge cada vez mais os brasileiros, e já representa 33% dos casos de câncer diagnosticados no país. Apesar de sua baixa letalidade, a grande incidência é motivo de preocupação, e reforça a importância de conhecer a doença para que se possam tomar medidas preventivas.
Os três principais tipos são:
– Carcinoma basocelular (CBC): aparece na camada superior da pele, frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, costas e ombros. Pode ser confundido com lesões como eczema ou psoríase;
– Carcinoma espinocelular (CEC): se manifesta nas células escamosas, e pode se desenvolver em todas as áreas do corpo. A pele nessas regiões geralmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, perda de elasticidade da pele e mudanças na sua pigmentação;
– Melanoma: se assemelha a uma pinta ou um sinal, com tom castanho, mudando de formato, tamanho e cor. É o tipo mais grave, mas que pode ser curado se descoberto no início, pois quanto mais avançado o seu estado, maior a possibilidade da doença atingir camadas mais profundas da pele e dar metástases para outros órgãos.
O diagnóstico do câncer de pele é feito através do exame clínico e de biópsia de pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
- Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
- Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
- Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCDE. Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.
O tratamento varia de acordo com o tipo e a extensão da doença, mas normalmente os tipos CBC e CEC podem ser tratados com técnicas como exérese cirúrgica, curetagem, eletrodissecação, criocirurgia, laser, Cirurgia Micrográfica de Mohs e Terapia Fotodinâmica (PDT). Já em casos de melanoma, o tratamento depende de fatores como avanço da doença, agressividade, local atingido, idade e estado de saúde, e os métodos mais aplicados são a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs.
É importante ressaltar que o melanoma metastático não tem cura, por isso, o diagnóstico precoce contribui imensamente para a sobrevida do paciente.